Modelo de Ação para Suspensão de Desconto Ilegal em Contracheque e Indenização por Danos Morais
Publicado em: 08/11/2024 CivelConsumidorEXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE [CIDADE/UF]
[Nome do Autor], nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o nº [número], portador do RG nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], e-mail: [endereço eletrônico], por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com escritório profissional na [endereço completo], onde recebe intimações e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, em face de [Nome da Empresa de Cobrança], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], e [Nome da Segunda Empresa], pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [número], com sede na [endereço completo], pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
I - DOS FATOS
O Autor vem sendo vítima de descontos ilegais em seu contracheque, referentes a um suposto empréstimo que nunca foi contratado. Desde o início dos descontos, que já perduram por mais de um ano, o Autor vem tentando resolver a situação junto às empresas Rés, sem sucesso. A primeira Ré, responsável pela cobrança, alega que a responsabilidade é da segunda Ré, que, por sua vez, se recusa a cessar os descontos e regularizar a situação.
Os descontos indevidos têm causado graves prejuízos financeiros ao Autor, comprometendo sua renda mensal e dificultando o pagamento de suas despesas básicas. Tal situação, além do impacto econômico, tem gerado grande abalo emocional e psicológico ao Autor, que se vê desamparado diante da recusa das Rés em resolver a questão de forma amigável e administrativa.
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A relação jurídica entre as partes deve ser regida pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990), visto que o Autor figura como consumidor dos serviços prestados pelas Rés. De acordo com o CDC, art. 6º, IV, é direito básico do consumidor a proteção contra práticas abusivas e ilegais. No presente caso, os descontos em folha referentes a um empréstimo não contratado configuram prática abusiva, ferindo os direitos do Autor.
Nos termos do CCB/2002, art. 876, todo aquele que recebeu o que não lhe era devido fica obrigado a restituir. No caso dos autos, as Rés estão indevidamente recebendo valores do Autor, configurando enriquecimento sem causa, vedado pelo ordenamento jurídico. Ademais, a continuidade dos descontos viola o direito à dignidade da pessoa humana, garantido pela CF/88, art. 1º, III, ao comprometer a subsistência do Autor.
III - DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCI"'>...