Modelo de Defesa Preliminar em Ação Penal por Suposta Lesão Corporal e Ameaça - Caso de Violência Doméstica

Publicado em: 28/10/2024 Direito Penal Processo Penal
Modelo de defesa preliminar em ação penal que visa contestar acusação de lesão corporal e ameaça no contexto de violência doméstica. Inclui argumentos de ausência de representação, laudo traumatológico inconclusivo e falta de elementos probatórios.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da [número] Vara Criminal da Comarca de [cidade/estado]

Processo nº: [número do processo]

Acusada: E. L. da S., brasileira, solteira, do lar, residente e domiciliada à [endereço completo], endereço eletrônico [email]

Advogado: [Nome do advogado], OAB/[UF] [número], endereço eletrônico [email]

I - Dos Fatos

E. L. da S. teve um relacionamento homoafetivo com T. V. F. B. por seis anos, tendo o relacionamento terminado há cerca de dois meses antes da data dos fatos. A acusada foi denunciada por, supostamente, ter agredido T. com dois socos na cabeça e por tê-la ameaçado verbalmente em 23 de fevereiro de 2024. A denúncia foi apresentada apenas em 09 de outubro de 2024, sem representação expressa da vítima e com laudo traumatológico inconclusivo, que, no quesito sobre a existência de lesões, limitou-se a responder “sim” sem descrever de forma detalhada as lesões constatadas.

Ainda, destacam-se as medidas protetivas aplicadas, que já se encontravam vencidas na data da apresentação da denúncia.

II - Dos Fundamentos Jurídicos

A acusação imputa à acusada os crimes previstos nos CP, art. 129, §13 (lesão corporal leve no contexto de violência doméstica) e CP, art. 147 (ameaça), combinados com o art. 7º, caput e inciso II, da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). No entanto, a denúncia carece de elementos essenciais para embasar uma acusação sólida, seja pela ausência de representação da vítima, seja pela ausência de descrição pormenorizada das lesões no laudo traumatológico.

CF/88, art. 5º, LV assegura à acusada o direito ao contraditório e à ampla defesa, sendo essencial que qualquer acusação esteja amparada em provas contundentes e devidamente fundamentadas. A simples menção a “sim” no quesito sobre a existência de lesões não é suficiente para caracterizar de forma plena a materialidade do delito de lesão corporal. Além disso, é exigida a representação da vítima para a continuidade da persecução penal em casos de lesão corporal leve, conforme CP, art. 129, §13, e CPP, art. 88.

Outro ponto importante é a aplicação equivocada de medidas protetivas que já estavam vencidas à época da denúncia. Isso demonstra a ausência de atualidade e de necessidade de tais medidas, contrariando o princípio da proporcionalidade na aplicação das medidas restritivas de direitos.

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

E. L. da S. foi acusada de, supostamente, ter agredido e ameaçado sua ex-companheira, T. V. F. B., após dois meses do término do relacionamento de seis anos que mantiveram. A acusação baseia-se em um laudo traumatológico inconclusivo e não há representação da vítima, o que impede a caracterização da materialidade do crime e a regularidade da persecução penal.

A defesa sustenta que, sem a devida representação da vítima, a ação penal não pode ter prosseguimento, conforme CPP, art. 88. Além disso, a simples resposta “sim” no quesito sobre lesões no laudo traumatológico não caracteriza adequadamente as supostas lesões, violando o CF/88, art. 5º, LVII, que consagra a presunção de inocência.

Defesas que Podem Ser Opostas pela Parte Contrária

A acusação pode argumentar que a situação de violência doméstica dispensa a formalidade de representação, alegando um risco iminente à vítima. Além disso, pode sustentar que o laudo, ainda que superficial, é suficiente para comprovar a existência de lesão. A defesa, entretanto, destaca a necessidade de rigor técnico no exame das lesões e que o laudo apresentado não atende a esses requisitos.

Conceitos e Definições

  • Lesão Corporal Leve: Crime previsto no CP, art. 129, caracterizado pela ofensa à integridade física ou à saúde de outrem, mas que não resulta em incapacidade para o trabalho por mais de 30 dias, perigo de vida ou debilidade permanente.
  • Representação: Ato formal da vítima para que o Ministério Público possa dar início à ação penal, obrigatório em casos de lesão corporal leve no âmbito da violência doméstica, conforme CPP, art. 88.

Considerações Finais

A acusação contra Emully Larissa carece de elementos essenciais para a caracterização dos crimes imputados. A ausência de representação e de um laudo conclusivo inviabilizam o prosseguimento da ação penal, devendo ser decretada a absolvição sumária da acusada.



TÍTULO:
DEFESA PRELIMINAR EM AÇÃO PENAL POR LESÃO CORPORAL E AMEAÇA NO CONTEXTO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


1. Introdução

A defesa preliminar objetiva contestar a denúncia oferecida por supostos crimes de lesão corporal e ameaça em contexto de violência doméstica, com fulcro em elementos que indicam ausência de representação, insuficiência de provas, e laudo traumatológico inconclusivo. Tal defesa é sustentada na insuficiência de elementos probatórios e no compromisso de garantir um julgamento justo ao acusado.

Legislação:

CF/88, art. 5º, LV – Direito ao contraditório e ampla defesa.

CPP, art. 396-A – Apresentação de defesa preliminar.

Lei 11.340/2006, art. 41 – Lei Maria da Penha e sua aplicabilidade nos crimes de violência doméstica.

Jurisprudência:

Defesa Preliminar em Violência Doméstica

Ausência de Provas em Ação Penal

Lesão Corporal e Defesa


2. Defesa Preliminar

Na análise preliminar, é possível identificar a fragilidade da denúncia, especialmente diante da ausência de representação por parte da vítima para o prosseguimento da ação penal. A representação é uma condição de procedibilidade, cuja ausência resulta na improcedência da ação. A inexistência de autorização formal da vítima para que se inicie a persecução penal é suficiente para que a denúncia seja rejeitada.

Legislação:

CPP, art. 24 – Necessidade de representação da vítima em crimes de menor potencial ofensivo.

CF/88, art. 5º, XXXV – Acesso ao Judiciário e direito de representação.

CCB/2002, art. 935 – Responsabilidade civil e criminal independentes, condicionando a persecução ao exercício da ação penal.

Jurisprudência:

Ausência de Representação na Ação Penal

Defesa Preliminar em Lesão Corporal

Lesão e Ameaça no Contexto de Violência Doméstica


3. Violência Doméstica e Defesa Penal

A acusação de violência doméstica com base na Lei Maria da Penha exige rigor probatório e comprovação de atos de violência específicos e dirigidos à vítima, que configurariam o contexto de ameaça e lesão corporal. Contudo, na ausência de elementos probatórios suficientes e de evidências conclusivas, a mera alegação não basta para sustentar uma condenação, observando-se o princípio da presunção de inocência.

Legislação:

Lei 11.340/2006, art. 5º – Conceito de violência doméstica e familiar.

CPP, art. 386 – Hipóteses de absolvição por falta de provas.

CF/88, art. 5º, LVII – Princípio da presunção de inocência.

Jurisprudência:

Defesa em Violência Doméstica

Presunção de Inocência

Violência Doméstica e Ameaça


4. Lesão Corporal e Laudo Traumatológico

O laudo traumatológico apresentado é inconclusivo quanto à alegada lesão corporal. Para caracterizar o delito, é necessária a comprovação de ofensa à integridade física ou saúde da vítima, o que não ficou suficientemente demonstrado nos autos. A ausência de confirmação médica do suposto dano físico enfraquece a imputação, justificando a improcedência da denúncia por falta de comprovação material do crime.

Legislação:

CPP, art. 158 – Exigência de exame de corpo de delito quando a infração deixa vestígios.

CPP, art. 167 – Valoração de exame de corpo de delito.

Lei 11.340/2006, art. 12 – Procedimentos da Lei Maria da Penha.

Jurisprudência:

Laudo Traumatológico e Lesão

Prova de Lesão Corporal e Violência Doméstica

Falta de Prova Material de Crime


5. Ausência de Representação e Extinção do Processo

A defesa preliminar argumenta que, além da insuficiência de provas, não houve representação válida para autorizar a continuidade do processo. A representação é indispensável para os casos em que a ação penal é condicionada, como no caso de lesão corporal leve e ameaça. A ausência desse requisito, portanto, demanda a extinção do processo, conforme estabelece a legislação processual penal.

Legislação:

CPP, art. 25 – Necessidade de representação da vítima em ação penal condicionada.

CPP, art. 395, II – Rejeição da denúncia por ausência de condição de procedibilidade.

CF/88, art. 5º, XXXV – Acesso à Justiça e direitos de representação.

Jurisprudência:

Extinção de Processo por Ausência de Representação

Ação Penal Condicionada à Representação

Violência Doméstica e Extinção do Processo


6. Considerações Finais

A defesa preliminar conclui pela falta de elementos probatórios e pela ausência de representação válida para embasar a acusação de lesão corporal e ameaça, requerendo a extinção do processo e a absolvição do acusado. Esta petição busca garantir a correta aplicação da justiça, protegendo os direitos do acusado e preservando o devido processo legal.

Legislação:

CPP, art. 386 – Hipóteses de absolvição por insuficiência de provas.

CPC/2015, art. 489 – Fundamentação das decisões judiciais.

CF/88, art. 5º, LIV – Princípios do devido processo legal.

Jurisprudência:

Absolvição por Insuficiência de Provas

Devido Processo Legal

Extinção de Ação Penal em Violência Doméstica


 


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