Modelo de Impugnação à Despersonalização da Pessoa Jurídica com Base no CPC/2015 e Código Civil de 2002
Publicado em: 21/03/2024 EmpresaEXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ____________
Processo nº ____________
PREÂMBULO
A. J. dos S., brasileiro, casado, empresário, portador do CPF nº ____________, residente e domiciliado na Rua ____________, nº ___, Bairro ____________, Cidade ____________, Estado ____________, CEP ____________, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com endereço eletrônico ____________, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no CPC/2015, art. 319, apresentar a presente IMPUGNAÇÃO À DESPERSONALIZAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA, nos autos do processo em epígrafe, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DOS FATOS
Trata-se de incidente de desconsideração da personalidade jurídica instaurado pela parte exequente, que busca responsabilizar os sócios da empresa ____________ (CNPJ nº ____________) pelos débitos da pessoa jurídica. Alega-se, para tanto, a inexistência de bens penhoráveis em nome da empresa e a dissolução irregular de suas atividades.
Contudo, a sentença proferida por este juízo julgou procedente o pedido de desconsideração da personalidade jurídica, decisão esta que ora se busca impugnar, uma vez que não se encontram presentes os requisitos legais para a aplicação da medida excepcional.
DO DIREITO
A desconsideração da personalidade jurídica constitui medida excepcional que somente pode ser aplicada quando demonstrado o abuso da personalidade jurídica, caracterizado por desvio de finalidade ou confusão patrimonial, conforme disposto no CCB/2002, art. 50.
O acréscimo normativo trazido pelo CCB/2002, art. 49-A reforça a autonomia patrimonial da pessoa jurídica, consolidando o entendimento de que a simples inexistência de bens penhoráveis ou a dissolução irregular não configuram, por si só, motivos suficientes para a desconsideração. É necessário que a parte requerente comprove, de forma inequívoca, a prática de atos abusivos que justifiquem a superação da personalidade jurídica.
No presente caso, não há qualquer prova de confusão patrimonial ou desvio de finalidade por parte da empresa ou de seus sócios. A ausência de bens penhoráveis e a alegada dissolução irregular, embora possam ser indícios, não são suficientes para justificar a medida, conforme entendimento consolidado pelo STJ.
Ademais, a decisão recorrida desconsidera o princípio da preservação da empresa, que visa garantir a continuidade das atividades empresa"'>...