Modelo de Petição de Aceitação de Múnus como Advogado Dativo

Publicado em: 27/08/2024 Advogado Direito Penal Processo Penal
Modelo de petição para informar a aceitação do múnus de advogado dativo em processo criminal, nomeado pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Socorro/SE. A peça aborda fundamentos legais, constitucionais, e jurídicos, com argumentação detalhada sobre a função e responsabilidade do advogado dativo.

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Socorro – Estado de Sergipe

N. A. DE V. F., advogado inscrito na OAB/SE sob o nº [número da oab], com escritório profissional na [endereço do escritório], onde recebe intimações e notificações, nos autos do processo criminal nº [número do processo], em que é vítima P. S. R. DOS S. e réu R. S. S., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, em atenção ao despacho de nomeação datado de [data da nomeação], manifestar o que segue:

ACEITAÇÃO DO MÚNUS DE ADVOGADO DATIVO

Nos termos do despacho de nomeação expedido por este Juízo, que nomeou o signatário como advogado dativo para atuar em defesa do réu R. S. S., venho, respeitosamente, informar a Vossa Excelência que aceito o múnus que me foi conferido.

I – DA ACEITAÇÃO E DAS RESPONSABILIDADES DO ADVOGADO DATIVO

Nos termos do CPC/2015, art. 22, caput, é dever do advogado dativo assumir a defesa dos interesses do réu, prestando assistência jurídica integral e gratuita, conforme preceitua a CF/88, art. 5º, LXXIV. A aceitação do múnus público impõe ao advogado o cumprimento das funções com zelo, ética e dedicação, assegurando ao réu o direito a uma defesa ampla e irrestrita, conforme o princípio do contraditório e da ampla defesa, previstos no CF/88, art. 5º, LV.

II – DO FUNDAMENTO LEGAL

A nomeação de advogado dativo encontra respaldo no CPP, art. 263, que dispõe sobre a obrigatoriedade de o réu ser assistido por defensor, seja este constituído ou nomeado pelo Juízo. A atuação do advogado dativo é essencial para garantir a paridade de armas no processo penal, assegurando ao acusado a devida representação jurídica.

III – DOS PRINCÍPIOS QUE REGEM O INSTITUTO

Princípio da Ampla Defesa: Consagrado no CF/88, art. 5º, LV, assegura ao réu o direito de ser plenamente"'>...

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Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Informações complementares

Narrativa de Fato e Direito

A presente petição tem por finalidade informar a aceitação do múnus de advogado dativo, nomeado pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Socorro/SE, para atuar na defesa do réu Ruan Silva Santos, no processo criminal em que é acusado. A aceitação deste múnus impõe ao signatário o compromisso de atuar com ética, zelo e diligência, assegurando ao réu o pleno exercício do direito de defesa, conforme os princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal.

A atuação do advogado dativo é um múnus público, ou seja, uma função de relevância social que visa garantir a justiça e a igualdade de armas no processo penal. Ao aceitar esta nomeação, o advogado assume a responsabilidade de conduzir a defesa técnica do réu, buscando sempre a aplicação justa e correta do direito.

Considerações Finais

Este modelo de petição é uma ferramenta essencial para advogados que são nomeados como dativos em processos criminais, permitindo a formalização da aceitação do múnus e o compromisso com a defesa do réu. A peça processual está fundamentada nos princípios constitucionais e processuais, assegurando que o acusado tenha uma defesa técnica adequada e imparcial.

 

TÍTULO: MODELO DE PETIÇÃO PARA INFORMAR A ACEITAÇÃO DO MÚNUS DE ADVOGADO DATIVO EM PROCESSO CRIMINAL, NOMEADO PELO JUÍZO DA 1ª VARA CRIMINAL DE SOCORRO/SE


Notas Jurídicas

  • As notas jurídicas são criadas como lembrança para o estudioso do direito sobre alguns requisitos processuais, para uso eventual em alguma peça processual, judicial ou administrativa.
  • Assim sendo, nem todas as notas são derivadas especificamente do tema anotado, são genéricas e podem eventualmente ser úteis ao consulente.
  • Vale lembrar que o STJ é o maior e mais importante Tribunal uniformizador. Caso o STF julgar algum tema, o STJ segue este entendimento. Como um Tribunal uniformizador, é importante conhecer a posição do STJ, assim o consulente pode encontrar um precedente específico, não encontrando este precedente, o consulente pode desenvolver uma tese jurídica, o que pode eventualmente obter uma decisão favorável. Jamais pode ser esquecida a norma contida na CF/88, art. 5º, II: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".
  • Pense nisso: Um pouco de hermenêutica. Obviamente a lei precisa ser analisada sob o ponto de vista constitucional. Normas infralegais não são leis. Caso um tribunal ou magistrado não seja capaz de justificar sua decisão com a devida fundamentação, ou seja, em lei ou na CF/88, art. 93, X, a decisão ou ato normativo, sem fundamentação devida, orbita na esfera da inexistência. Essa diretriz aplica-se a toda a administração pública. O próprio regime jurídico dos Servidores Públicos obriga o servidor público a "representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder" – Lei 8.112/1990, art. 116, VI. Da mesma forma, a CF/88, art. 5º, II, reforça o princípio da legalidade, segundo o qual "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".
  • Se a pesquisa retornar um grande número de documentos, isto quer dizer que a pesquisa não é precisa. Às vezes, ao consulente, basta clicar em ‘REFAZER A PESQUISA’ e marcar ‘EXPRESSÃO OU FRASE EXATA’. Caso seja a hipótese apresentada.
  • Se a pesquisa retornar um grande número de documentos, isto quer dizer que a pesquisa não é precisa. Às vezes, nesta circunstância, ao consulente, basta clicar em ‘REFAZER A PESQUISA’ ou ‘NOVA PESQUISA’ e adicionar uma ‘PALAVRA CHAVE’. Sempre respeitando a terminologia jurídica, ou uma ‘PALAVRA CHAVE’, normalmente usada nos acórdãos.

1. Múnus Público do Advogado Dativo

A aceitação do múnus de advogado dativo é uma função pública de relevante importância, especialmente em processos criminais, onde o direito à defesa é garantido constitucionalmente. A nomeação para atuar como advogado dativo ocorre quando o réu não possui defensor constituído, cabendo ao advogado nomeado assegurar a ampla defesa.

Legislação: CF/88, art. 5º, LV – Garante o direito à ampla defesa e ao contraditório.

Jurisprudência:

Múnus público do advogado dativo

Nomeação de advogado dativo para defesa


2. Responsabilidade do Advogado Dativo

O advogado dativo, ao aceitar a nomeação, assume a responsabilidade de defender os interesses do réu com diligência e competência, devendo seguir os princípios éticos da profissão e cumprir todas as obrigações processuais inerentes ao cargo.

Legislação: Estatuto da OAB, art. 34 – Define os deveres e responsabilidades dos advogados.

Jurisprudência:

Responsabilidade do advogado dativo

Obrigações processuais do advogado


3. Aceitação Formal do Múnus

A aceitação do múnus pelo advogado dativo deve ser formalizada por meio de petição dirigida ao juízo competente, informando a concordância com a nomeação e assumindo o compromisso de defesa. Esse ato processual é indispensável para que o advogado possa iniciar a sua atuação no processo.

Legislação: CPC/2015, art. 105 – Trata da aceitação do múnus público.

Jurisprudência:

Aceitação do múnus de advogado dativo

Petição de aceitação do múnus


4. Função do Advogado Dativo no Processo Criminal

A função do advogado dativo no processo criminal é de extrema relevância, pois garante que o réu tenha uma defesa técnica, mesmo quando não pode arcar com os custos de um advogado particular. O dativo deve zelar pela integridade do processo, questionando provas, apresentando defesas e garantindo os direitos do réu.

Legislação: CPP, art. 261 – Assegura ao réu o direito de defesa por advogado.

Jurisprudência:

Função do advogado dativo no processo criminal

Defesa técnica pelo advogado dativo


5. Argumentação sobre a Importância da Nomeação Judicial

Ao aceitar a nomeação, o advogado dativo pode apresentar uma argumentação que ressalte a importância de sua atuação, tanto para a manutenção da justiça quanto para assegurar o cumprimento dos direitos fundamentais do réu. Essa argumentação pode ser utilizada para pleitear recursos ou medidas favoráveis ao assistido.

Legislação: CF/88, art. 5º, LXXIV – Garante assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

Jurisprudência:

Importância da nomeação de advogado dativo

Nomeação judicial de advogado dativo


6. Limites e Alcance da Atuação do Advogado Dativo

Os limites e o alcance da atuação do advogado dativo são definidos pela própria nomeação judicial e pelo compromisso assumido ao aceitar o múnus. O dativo deve agir dentro dos limites legais e éticos, podendo solicitar escusa do múnus em casos específicos, como conflitos de interesse ou impossibilidade material de atuação.

Legislação: CPC/2015, art. 107 – Dispõe sobre a escusa de advogados nomeados.

Jurisprudência:

Limites da atuação do advogado dativo

Escusa do advogado dativo


7. Direitos do Advogado Dativo

O advogado dativo tem direito a honorários advocatícios fixados pelo juiz, sendo pagos pelo Estado, conforme previsto em lei. Esse direito deve ser garantido mesmo que o réu seja beneficiário da justiça gratuita, pois a atuação do dativo é considerada serviço público relevante.

Legislação: CPC/2015, art. 85, § 1º – Trata dos honorários de advogado dativo.

Jurisprudência:

Direitos do advogado dativo

Honorários do advogado dativo


8. Honorários Advocatícios Contratuais e de Sucumbência

Mesmo na condição de advogado dativo, é importante discutir a questão dos honorários advocatícios contratuais e de sucumbência, quando aplicável. O CPC/2015 regula essas situações, e o advogado dativo pode requerer seus honorários, inclusive de forma subsidiária ao Estado, em caso de impossibilidade de pagamento pela parte assistida.

Legislação: CPC/2015, art. 85 – Regula os honorários advocatícios.

Jurisprudência:

Honorários contratuais do advogado dativo

Honorários de sucumbência para advogado dativo


9. Juntada de Provas Obrigatórias pelo Advogado Dativo

No exercício de sua função, o advogado dativo deve realizar a juntada de todas as provas necessárias para a defesa do réu. A ausência de provas ou a juntada tardia pode prejudicar a defesa e, consequentemente, o resultado do processo.

Legislação: CPC/2015, art. 434 – Estabelece o prazo para a juntada de provas.

Jurisprudência:

Juntada de provas pelo advogado dativo

Provas no processo criminal


10. Argumentos Possíveis na Defesa do Réu

Os argumentos apresentados pelo advogado dativo devem ser sólidos e embasados em jurisprudência, legislação e doutrina. Esses argumentos podem incluir a contestação de provas, a demonstração de nulidades processuais e a defesa da integridade dos direitos do réu.

Legislação: CPP, art. 261 – Dispõe sobre a defesa por advogado no processo criminal.

Jurisprudência:

Argumentos na defesa pelo advogado dativo

Nulidades processuais na defesa criminal


11. Prazo Prescricional e Decadencial na Defesa Criminal

O advogado dativo deve atentar para os prazos prescricionais e decadenciais durante a defesa criminal. A prescrição pode extinguir a punibilidade, sendo uma das principais teses de defesa em processos onde a demora processual ocorreu.

Legislação: CP, art. 109 – Estabelece os prazos de prescrição das penas.

Jurisprudência:

Prazo prescricional na defesa criminal

Decadência no processo criminal


12. Legitimidade Ativa e Passiva do Advogado Dativo

O advogado dativo possui legitimidade ativa para atuar em nome do réu em todos os atos processuais, desde a apresentação de defesas até a interposição de recursos. Essa legitimidade deve ser reconhecida pelo juízo e respeitada ao longo do processo.

Legislação: CPC/2015, art. 18 – Define a legitimidade ativa do advogado.

Jurisprudência:

Legitimidade do advogado dativo

Legitimidade na defesa criminal


13. Valor da Causa e Implicações para o Advogado Dativo

O valor da causa em processos criminais geralmente não é determinado, mas o advogado dativo deve estar ciente das implicações econômicas de sua atuação, especialmente em relação aos honorários que serão fixados e à possibilidade de execução desses honorários contra o Estado, caso a parte assistida seja insolvente.

Legislação: CPC/2015, art. 292 – Estabelece regras para a fixação do valor da causa, aplicáveis subsidiariamente.

Jurisprudência:

Valor da causa para advogado dativo

Execução de honorários contra o Estado

 

 


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