Modelo de Contestação em Ação de Dissolução de União Estável com Partilha de Bens
Publicado em: 05/06/2024 FamiliaCONTESTAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE [LOCALIDADE]
Processo nº: [número do processo]
Nome do Réu: C. E. da S., brasileiro, estado civil, profissão, portador do CPF nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
Nome do Autor: M. F. de S. L., brasileira, estado civil, profissão, portadora do CPF nº [número], residente e domiciliada na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
Por intermédio de seu advogado, com endereço profissional na [endereço completo do advogado], endereço eletrônico [e-mail do advogado], vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar:
CONTESTAÇÃO
Em face da ação de dissolução de união estável com partilha de bens, proposta por M. F. de S. L., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
PREÂMBULO
O presente instrumento tem como objetivo apresentar a defesa do Réu, contestando os pedidos formulados pela Autora na inicial, com base nos fatos e fundamentos jurídicos que demonstram a improcedência das alegações e pleitos apresentados.
DOS FATOS
A Autora ajuizou a presente ação requerendo a dissolução da união estável mantida com o Réu, bem como a partilha de bens móveis e imóveis adquiridos durante o período de convivência. Alega que a união foi estabelecida em regime de comunhão parcial de bens e que os bens listados na inicial são fruto do esforço comum do casal.
O Réu, contudo, contesta as alegações da Autora, especialmente no que tange à partilha de determinados bens, sustentando que alguns dos bens listados foram adquiridos exclusivamente com recursos próprios, anteriores à união estável, ou que não se enquadram como bens comuns.
DO DIREITO
Nos termos do CCB/2002, art. 1.725, o regime de bens aplicável à união estável é o da comunhão parcial, salvo disposição em contrário. Assim, somente os bens adquiridos onerosamente durante a convivência são considerados bens comuns, passíveis de partilha.
O Réu sustenta que alguns dos bens listados pela Autora, como [descrever os bens contestados], foram adquiridos com recursos próprios, anteriores à união estável, conforme comprovam os documentos anexos. Tais bens, portanto, não se enquadram como bens comuns, nos termos do CCB/2002, art. 1.659, I.
Ademais, o Réu ressalta que a Autora não contribuiu financeiramente ou com esforço direto para a aquisição de determinados bens móveis, como [descrever os bens], o que afasta a presunção de esforço comum.
Por fim, o Réu requer que seja respeitado o princípio da boa-fé objetiva (CCB/2002, art. 422) e o devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV), garantindo-se a ampla defesa e o contraditório.
Legislação e Jurisprudência sobre o tema
Simulação de Voto
Voto do Magistrado
Processo nº: [número do processo]
Autor: M. F. de S. L.
Réu: C. E. da S.
1. Relatório
Trata-se de ação de dissolução de união estável com partilha de bens, proposta por M. F. de S. L. em face de C. E. da S., na qual a Autora pleiteia a divisão dos bens móveis e imóveis adquiridos durante o período de convivência. O Réu, por sua vez, contesta a partilha de determinados bens, alegando serem de propriedade exclusiva, adquiridos com recursos próprios antes da união ou sem esforço comum.
2. Fundamentação
Nos termos do artigo 93, IX da Constituição Federal de 1988, passo a fundamentar o voto.
Conforme o disposto no Código Civil, artigo 1.725, o regime de bens aplicável à união estável é o da comunhão parcial de bens, salvo disposição em contrário. Assim, bens adquiridos onerosamente durante a convivência presumem-se comuns, salvo prova em sentido contrário.
O Réu trouxe aos autos provas documentais que indicam que determinados bens, quais sejam, [descrever os bens contestados], foram adquiridos antes da união estável com recursos próprios. Esses bens, nos termos do artigo 1.659, I do Código Civil, não são passíveis de partilha.
Outrossim, quanto aos bens móveis listados pela Autora, o Réu alega que não houve esforço comum para sua aquisição. Nessa hipótese, a ausência de comprovação de esforço direto ou indireto da Autora afasta a presunção de comunhão de bens.
Ademais, considerando o princípio da boa-fé objetiva (art. 422 do Código Civil) e o devido processo legal (art. 5º, LIV da Constituição Federal), é necessário assegurar a ampla defesa e o contraditório, cabendo analisar com cautela toda a documentação e as alegações apresentadas.
Por fim, destaco que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já se manifestou, em casos análogos, sobre a necessidade de comprovação de esforço comum para a partilha de bens móveis adquiridos durante a união estável. Nesse sentido, cito o Recurso Especial 2.000.288-MG, relatado pela Ministra Nancy Andrighi, julgado em 25/10/2022, que reforça a aplicação do artigo 350 do CPC/2015 para alegações que tragam fatos impeditivos ou modificativos.
3. Decisão
Diante do exposto, com base nos fatos e fundamentos jurídicos apresentados, julgo procedente em parte o pedido formulado pela Autora, nos seguintes termos:
- Determino a partilha dos bens adquiridos onerosamente durante a união estável, excetuando-se aqueles comprovadamente de propriedade exclusiva do Réu, nos termos do artigo 1.659, I do Código Civil;
- Indefiro o pedido de partilha dos bens móveis cuja aquisição não teve esforço comum comprovado pela Autora;
- Condeno as partes ao pagamento proporcional das custas processuais e honorários advocatícios, conforme artigo 85 do CPC/2015, considerando o êxito parcial de ambas as partes.
Por fim, determino a produção de provas documentais e, se necessário, periciais e testemunhais, para efetiva comprovação do valor dos bens sujeitos à partilha.
4. Conclusão
Assim, voto pelo parcial provimento do pedido da Autora, nos termos da fundamentação acima.
É como voto.
[Localidade], [Data]
Magistrado: [Nome do Magistrado]

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