Jurisprudência Selecionada

Doc. LEGJUR 230.4190.9492.4669

1 - STJ Tributário e processual civil. Agravo interno no agravo em recurso especial. Exclusão do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. ICMS. Reajuste tarifário. Irregularidade. Inocorrência. Ilegalidade da cobrança. Não comprovação. Revisão. Incidência da Súmula 7/STJ. Dissídio jurisprudencial. Análise prejudicada. Agravo interno não provido.

1 - No enfrentamento da matéria, o Tribunal a quo lançou os seguintes fundamentos (grifos acrescidos): «No caso em exame, o cerne da controvérsia versa sobre a legalidade do aumento tarifário efetuado pela Ré após a exclusão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, o que, como consequência, manteve inalteradas as contas dos consumidores. É importante destacar que a legalidade da cobrança de tarifa de abastecimento de água e esgoto sanitário advém da Lei 11.445/2007, art. 29, I e Lei 11.445/2007, art. 45: (...) Ao analisar os autos, é possível constatar que a partir/11/2004, simultaneamente à exclusão do ICMS, foi implementado reajuste tarifário relativo ao serviço de fornecimento de água, levando aos resultados apontados pelo Autor. Porém, não há nos autos qualquer comprovação de que tal aumento tenha sido ilegal, não sendo possível se depreender do laudo pericial qualquer irregularidade na tarifa cobrada. Isso porque o simples fato de o condomínio Autor não ter se beneficiado economicamente pela exclusão do ICMS sobre a tarifa de fornecimento de água, em razão do seu reajuste concomitante, não torna, por si só, o aumento ilegal. Como bem destacado em primeiro grau, se tal reajuste fosse efetuado antes da exclusão do tributo, haveria um impacto econômico negativo ao consumidor, o que foi evitado com a implantação do reajuste juntamente com a exclusão do imposto. O que se observa é que a aprovação de reajuste da tarifa na ordem de 11,51% (onze inteiros e cinquenta e um décimos por cento) pelo Presidente da concessionária de serviço público ocorreu em conformidade com a sua atribuição legal, efetivada após o devido processo administrativo. Daí decorre a impossibilidade de ingerência do Judiciário nos critérios adotados para modificação do regime tarifário, sob pena de violação ao princípio da separação e ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Portanto, o condomínio Autor não conseguiu demonstrar o fato constitutivo do seu direito, ou seja, não comprovou a existência de ilegalidade da cobrança efetuada pela Ré, ônus que lhe incumbia, nos termos do CPC/1973, art. 373, I. Em sentido semelhante caminha a jurisprudência deste Tribunal ao examinar casos similares, como pode ser observado nos acórdãos a seguir.» ... ()

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