Modelo de Petição Inicial de Ação de Regulamentação de Visitas entre Genitores com Base no Código Civil e Constituição Federal

Publicado em: 16/06/2023 CivelConstitucional Familia
Petição inicial que visa regulamentar o direito de visitas de genitor(a) não guardião(a) ao menor, com base nos artigos 1.583, 1.589 e 1.634 do Código Civil e art. 227 da Constituição Federal. O documento expõe os fatos que geram a dificuldade no exercício do direito de visitas, fundamenta-se no melhor interesse da criança e apresenta jurisprudências relevantes. São requeridas providências como a citação do Requerido, fixação de regime de visitas e designação de audiência de conciliação.

PETIÇÃO INICIAL

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE [CIDADE/ESTADO]

Nome do Requerente: A. J. dos S., brasileiro(a), estado civil [especificar], profissão [especificar], portador(a) do CPF nº [especificar], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].
Nome do Requerido: M. F. de S. L., brasileiro(a), estado civil [especificar], profissão [especificar], portador(a) do CPF nº [especificar], residente e domiciliado(a) na [endereço completo], endereço eletrônico [e-mail].

VALOR DA CAUSA: R$ [especificar]

PREÂMBULO

A. J. dos S., devidamente qualificado, por intermédio de seu advogado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS, com fundamento nos artigos 1.583, 1.589 e 1.634 do Código Civil Brasileiro (CCB/2002), bem como no art. 227 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), em face de M. F. de S. L., pelos fatos e fundamentos que passa a expor.

DOS FATOS

O Requerente é pai/mãe de [nome da criança], nascido(a) em [data], fruto do relacionamento com o Requerido. Após a separação do casal, a guarda do menor foi atribuída ao Requerido, sendo que o Requerente tem enfrentado dificuldades para exercer o direito de visitas de forma regular e satisfatória.

Apesar de diversas tentativas de diálogo, não foi possível estabelecer um regime de visitas consensual, o que tem causado prejuízo ao vínculo afetivo entre o Requerente e o menor, bem como ao desenvolvimento emocional da criança. Diante disso, torna-se imprescindível a intervenção judicial para regulamentar as visitas, garantindo o melhor interesse do menor.

DO DIREITO

A regulamentação de visitas é um direito assegurado ao genitor que não detém a guarda do menor, conforme disposto no CCB/2002, art. 1.589, que estabelece que o pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge ou for determinado pelo juiz.

A CF/88, art. 227, dispõe que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar, essencial para o seu pleno desenvolvimento. Assim, a regulamentação de visitas visa garantir o fortalecimento do vínculo afetivo entre o menor e o genitor que não detém a guarda.

Doutrinadores renomados, como Maria Berenice Dias, destacam que o direito de visitas não é apenas um direito do genitor, mas também um direito da cria"'>...

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Narrativa de Fato e Direito

Os Fatos

O Requerente, A. J. dos S., é pai/mãe de [nome da criança], nascido(a) em [data], fruto do relacionamento com o Requerido, M. F. de S. L. Após a separação do casal, a guarda do menor foi atribuída ao Requerido. No entanto, o Requerente enfrenta dificuldades para exercer o direito de visitas de forma regular e satisfatória.

Apesar de inúmeras tentativas de diálogo entre as partes, não foi possível estabelecer um regime de visitas consensual. Tal situação tem acarretado prejuízo significativo ao vínculo afetivo entre o Requerente e o menor, além de impactar negativamente no desenvolvimento emocional da criança. Diante dessa conjuntura, o Requerente busca a intervenção judicial para regulamentar o direito de visitas, assegurando o melhor interesse do menor.

Fundamentos Legais

O direito de visitas está previsto no artigo 1.589 do Código Civil Brasileiro (CCB/2002), que assegura ao genitor que não detém a guarda a possibilidade de visitar os filhos e recebê-los em sua companhia, conforme acordo entre as partes ou determinação judicial. Além disso, o artigo 227 da Constituição Federal de 1988 consagra que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar, fundamental para o seu pleno desenvolvimento.

A doutrina e a jurisprudência reforçam que o direito de visitas não é apenas um direito do genitor, mas também da criança, que necessita da convivência com ambos os pais para o seu bem-estar. Conforme os princípios do melhor interesse da criança e do fortalecimento do vínculo familiar, qualquer decisão judicial deve priorizar a saúde emocional e o desenvolvimento integral do menor.

Jurisprudência

A jurisprudência nacional tem reiteradamente reconhecido a relevância da regulamentação de visitas para o fortalecimento dos laços familiares e o atendimento ao melhor interesse da criança. Exemplos incluem:

  • APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CAUTELAR PARA SUSPENSÃO DE VISITAS DE INCAPAZ. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reafirmou que, na ausência de risco concreto à criança, o direito de visitas deve ser regulamentado para estreitar os vínculos com o genitor que não detém a guarda. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP)
  • AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA E FIXAÇÃO DE REGIME DE VISITAS. O TJSP manteve decisão que estabeleceu regime de visitas gradativo, com pernoite, considerando o bem-estar da criança no contexto familiar. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP)
  • APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA COM FIXAÇÃO DE VISITAS. O TJSP determinou visitas assistidas com base no princípio do melhor interesse da criança, afastando regime progressivo inadequado. (TJSP, Apelação Cível Acórdão/TJSP)

Conclusão

Considerando os fatos apresentados, os fundamentos legais e a jurisprudência aplicável, é evidente que a regulamentação das visitas é necessária e urgente. Tal medida assegurará o melhor interesse da criança, fortalecendo o vínculo afetivo com o genitor que não detém a guarda e promovendo o pleno desenvolvimento emocional e social do menor.


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